sábado, 28 de novembro de 2009

         Teatro Amador da Terceira Idade selecionado para se  apresentar em Juiz de Fora




        Desculpem meus leitores que acompanham esse blog com textos mais compactos, mas hoje é dia de exagerar mesmo aqui, externar todo o meu contentamento nesta postagem. Na verdade, começamos aqui exatamente para falar do Teatro Amador da Terceira Idade e fomos tecendo outros comentários, colocando poeminhas, notas pessoais, notícias... e acabamos nos empolgando! Gosto mesmo do jeito simples de escrever e dividir as coisas e acabei achando que o blog ficou a minha cara! rsrsrs
                        Mas, como comecei relatando, hoje é dia de festa para mim e para o Grupo de Teatro Amador da Terceira Idade do qual participo e me orgulho muito. Começamos com uma apresentação pequena, despretenciosa, sem sabermos direito no que ia dar e, depois de 3 anos e 3 peças escritas e encenadas por nossos componentes, nos vimos hoje selecionados pela FUNALFA de Juiz de Fora para nos apresentarmos no Teatro do Espaço Cultural Bernardo Mascarenhas, referência cultural na cidade e em Minas.
                       Fátima, uma amiga poeta de Juiz de Fora, viu o edital para seleção da ocupação do Teatro para o próximo semestre e logo se lembrou da gente: e me "intimou" a fazer a inscrição. Confesso que estava um pouco desanimado e sem confiança de achar que poderia render alguma coisa, sabendo ser aquela cidade um Celeiro Cultural para todo o Brasil, acabei sendo convencido e também auxiliado por ela na organização do material (DVD da peça, fotos, textos e outros documentos) e até na inscrição da peça. Enfim, sem ela não haveria a tal inscrição! Selecionam grupos teatrais, músicos, corais e outras manifestações culturais para ocuparem a sala e dão toda a infra-estrutura  necessária(som, luz, propaganda e bilheteria)!

                       Sempre trabalhamos patrocinados pelas pessoas que compareciam nas peças para nos prestigiar, contando apenas com a ajuda do Clube XV que nos cedia o espaço para as apresentações e pelo Grupo REVIVER emprestando o dinheiro para as primeiras despezas, aquelas que aconteciam antes das apresentações (tipo cartazes, material para o cenário,   coisas  assim). E os incentivos que sempre recebemos através dos aplausos e das críticas foram nos dando fôlego para novas empreitadas. Em 2008 fizemos uma apresentação na FAFITA de Itaperuna e, pela receptividade do público composto por jovens universitários e professores (inclusive por duas vezes com aplausos em cena aberta), começamos a sonhar que o que fazíamos tinha mérito além do território doméstico. E agora também em 2009 nos apresentamos em Palma-MG também com excelente resultado! Dai partirmos para novos projetos!

                     Pode ser até que a peculiaridade de sermos um grupo de Terceira Idade tenha colaborado para nossa seleção em Juiz de Fora; mas pelo que conheço dos movimentos culturais de lá, sei que jamais seríamos convidados se não tivéssemos qualidade. Importante deixar claro que somos exclusivamente amadores, com todas as coisas feitas de forma intuitiva, sem pretensão alguma de sermos um grupo intelectual, profissional. Apenas teatralizamos a problemática do idoso em forma de denúncia porém sem baixo-astral!
                    A peça que vamos levar a Juiz de Fora foi a que apresentamos em Miracema e Itaperuna em 2008, "Um conto antes que nunca mais!" , tendo no elenco Ana Torres, Glória Vargas, Graça Salim, Leny Tostes, Marcelino Padilha, Maria Amália Pinheiro, Marly Lopes e Neide Gutterres. Acrescentamos ainda uma participação especial de Zezé Nogueira, como a Dona Baratinha, personagem exclusivamente criada para a tal apresentação.

                    Pensamos em fazer um apresentação em Miracema até como forma de exercitar o texto, uns 10 ou 15 dias antes de irmos para Juiz de Fora. Lá deveremos nos apresentar no mês de março ou abril de 2010, apenas aguardando a confirmação da agenda.
                    Creiam que é o coroamento de um trabalho de persistência, carinho, companheirismo e motivação. Essas apresentações nos provocam  exercícios de memória, cidadania, alegria de viver, certeza de sermos capazes! Enfim, estamos chics demais, partindo com animação para outras aventuras! rsrs Tomara consigamos levar o nome de nossa cidade e nossa mensagem a todos aqueles que comparecerem para nos assistirem. E que sejamos felizes... sempre!


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Poema: "Comunhão"







COMUNHÃO
                                      Marcelino Tostes Padilha Neto





Comungo nos teus seios
de teus vultos, de teus insultos
E te mastigo em pão
                         : corpo-trigo, sacrossanto
E te sorvo em vinho
                         : doce cálice: gotejado sangue
E me faço
                         : corpo-sangue, veia-carne.




E me dispo dos prazeres da carne
                                              -  amargamente
E me enxerto dos pecados católicos
                                              - docemente
Esqueço-me dos prazeres católicos
Entrego-me aos pecados da carne.



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Carta Aberta: para minha prima Marli




  Miracema, 25 de novembro de 2009.
                                            
                                                                            Querida prima Marli,

                          Poxa, você nem imagina como fiquei feliz quando minha mãe me disse que você sempre visita o meu blog! Engraçado que a gente observa que o "placar" de visitantes vai se estendendo e nem imaginamos quem nos observa, quem nos lê! Mas para mim é uma grande honra saber que você está daí, do seu conforto do Rio, acompanhando coisas de Miracema, da família, da forma que a gente leva a vida por aqui e o que tenta fazer para que ela seja cada vez mais dinâmica! Desculpa primeiro se errei ao escrever o seu nome porque na verdade nem sei se é com "i" ou "y", já que na família existem as ipsiladas da Dona Nina (Nelly, Maria Eny, Leny e Suely) e não sei se também com você aconteceu essa mitidez no nome! De qualquer forma, preferi pecar pelo cuidado de simplificar; então, mandei com "i" mesmo!
                           Mas essa carta é assim aberta, escancarada aqui no blog, porque nela posso dizer que sempre tive profunda admiração pelo seu carinho com  minha avó Nina , e me lembro nitidamente da alegria dela esperando seu telefonema nos domingos. E gente ficava sempre ansioso quando corria a notícia de que as filhas do tio Sinhô, Neila (será que também é com y?) e Marli estavam para chegar. Porque sempre me vem a imagem das moças lindas do Rio com os sorrisos mais cativantes e deliciosos do mundo! Me lembro da atenção dispensada a todos e o carinho transmitido das ciranças  aos velhos da família.
                           Nos encontramos poucas vezes mas não foi por falta de vontade, ao menos da minha parte. Além dessa ternura pelos laços familiares que às vezes me trazem notícias suas, também ressalto a importância e o prazer quando posto alguma coisa aqui: é mesmo para mandar notícias, falar de coisas simples mas que nem são tão banais assim. De quebra, ainda  mando um cartão postal  da nossa praça que fica em frente à Igreja Matriz e que foi recentemente reformada e trouxe de volta "ares" do tempo de sua menicice por aqui. Não sei se já viu banda no coreto ou leilão em quermesses de festas de  Santo Antônio, mas imagino que sim, que tenha visto coisas do tipo por aqui.


                            Desculpa se te constrangi escrevendo isso aberto assim, escancarando talvez um anonimato de visitante que você quisesse preservar. Lembro-me inclusive de sua timidez no rosto vermelho e vou até entender se não tiver gostado muito da minha ousadia publicando isso aqui. Corro o risco que sei de talvez nem mais receber sua visita, mas entenda como um carinho, uma oportunidade de dizer  essas coisas assim, de só ternura mesmo -  por isso me exponho assim ( e a você também, claro!). Só não conta para minha mãe se acaso ficar furiosa, assim não vai tirar de mim a sensação gostosa de saber que daí você me acompanha e fica sabendo de algumas coisas daqui.
                           Um beijo grande na Neila e uma enorme saudades sempre de vocês!  

                                                                  Do primo,

                                                                         Marcelino

domingo, 22 de novembro de 2009

Um olhar para Londres


Um Olhar para Londres

                         Hoje vi essa foto do Saulo, meu filho, que atualmente está morando em Londres e não consegui deixar de comparar esse olhar, essa olhada pela janela, com uma outra foto sua ainda com uns 3 ou 4 anos de idade. E, como na foto de mais de vinte anos atrás (não quero entregar nossa idade!), vejo uma busca, uma procura, uma vontade de desvendar segredos na certeza de não estar aí "pra ver a banda passar" ! E esse Atlântico de emoções que nos separa e também nos une, fala do tempo entre as duas fotos e também da geográfica distância nossos corações. A gente torce para os filhos até como forma de compensar coisas que não vivemos e que projetamos em atitudes deles que poderiam perfeitamente ser algumas das nossas.
                         O Saulo é super tranquilo e tem um lado afetivo que sempre me cativou. Apesar de  todos os desencontros que tivemos em nossas vidas, sempre ele foi para mim uma referência de família em momentos bons e ruins que passei; e, certamente aliviou muitas de  minhas dores com sua presença. Vê-lo(junto com minha outra filha Fernanda) no Hospital em Leopoldina por ocasião de um acidente que sofri me deu uma emoção e uma tranquilidade que eu precisava bastante naquele momento; quando também visitou meu pai que estava já na fase terminal de sua enfermidade, também me comoveu profundamente. E acompanhou muitos de meus natais, assistiu a todas as peças de teatro que escrevi e apresentei com o Grupo Reviver, me levou ao Cristo Redentor (numa maratona só pra me dizer depois: isso é o Cristo?), me presenteou com livros e com o ombro amigo pela vida a fora!
                        Por isso essa foto me trouxe saudade e alegria por vê-lo onde ele queria estar. Vejo seu quarto simples e funcional e do calor daqui sinto o inverno inglês que se aproxima e que vai abraçar meu filho. Essa vidraça que o separa lá de fora, lá de dentro de seu sonho, é a continuidade daquela que um dia te mostrava talvez o parquinho do play  ou de um dia chuvoso mineiro. E mesmo que eu não tenha a minha foto também da janela, me vejo daqui de longe também te observando com olhar de pai na vontade louca de te ver feliz; também eu  te observo, onde te olho com ternura, onde te procuro e te encontro na busca do seu mundo! E só posso mesmo dizer que te amo e que vivo de saudades por ti! Beijo de pai, querido filho!





sábado, 21 de novembro de 2009

Li e recomendo: "O Vendedor de Passados"






O Vendedor de Passados - José Eduardo Agualusa

                    Uma amiga de Juiz de Fora, a poeta Fátima Cerqueira,  recomendou-me um romance de um autor angolano que li e recomnendo para todos. Interessante que a gente só conhece (a gente que falo, sou eu, claro!) como autores de língua portuguesa o Eça de Queiróz (acho que todo mundo já leu Relíquia), Poemas de Fernando Pessoa e, falando dos contemporâneos, o José Saramago. Fiquei então imensamente curioso em ler um autor africano que usa nossa língua  para se expressar. Maravilhosa descoberta! A começar pela "Osga"  personagem que assiste e palpita a partir de sua visão de observador e contador de histórias. A ideia do vendedor e criador de passados, que numa inventiva espetacular vai reconstruindo as pessoas a ponto delas se tornarem outras de si mesmas,  prende o leitor e dá a ele a expectativa do desenrolar da trama.
                    O autor já tem vários outros livros publicados no Brasil e é um jornalista já publicado em várias línguas. Seu livro não está entre os mais lidos da Veja (mesmo porque, a sétima edição, a que li, foi publicada em 2007) mas é uma recomendação que faço como também um bom presente natalino.



quinta-feira, 19 de novembro de 2009



Grupo de  Seresta da Terceira Idade (REVIVER)

                      Depois de algumas conversas e vontade de cantar, o Grupo REVIVER de Miracema, parte agora para um novo projeto: Grupo de Seresta. Com tantos talentos que temos na cidade e no grupo, já era mais que chegada a hora de se formalizar a criação de um grupo para animar nosso grupo, nossos eventos, nossos encontros.  Explicamos nossa proposta e passamos uma folha pelos presentes à reunião semanal para que as pessoas se inscrevessem para nosso primeiro encontro. E, para surpresa nossa, 17 pessoas se protificaram a participar, já no primeiro momento. Mesmo alguns como eu que sabem que não cantan nada (rsrs) se propuseram a participar para fazer coro, ficar mais escondidinho aprendendo, ou até mesmo para dar força para o grupo. O local escolhido para as reuniões e os ensaios foi o Bar da Dona Marianinha, no Mercado, onde se come o melhor pastel da cidade e  agora ainda tem seresta toda terça-feira a partir das 19 horas. Além dos componentes do grupo, contamos também com a participação de simpatizantes da idéia e amantes de uma boa seresta.
                       Começamos com 4 músicas e acabou rolando sem violão mesmo, só no gogó! Mas já está sendo providenciado um   bom violonista e até uma tecladista para o próximo ensaio. Cantamos durante um bom tempo e até alguns vizinhos se aproximaram (não para reclamar) para ver o que estava acontecendo... e acabaram também entrando no projeto. Dona Marianinha e o Sr Milton foram incansáveis na recepção, distribuindo simpatia e fritando pastéis que a turma consumia nos intervalos. Tá lançado o projeto e vamos ver no que dá! Temos algumas novidades que acontecerão junto com a seresta mas que ainda não queremos adiantar por aqui. E, nunca falta lembrar o ditado: "Quem canta seus males espanta!"                     

domingo, 15 de novembro de 2009

Vi e comento: "2012"







2012

A lotação estava praticamente esgotada para a estreia do tão esperado filme: 2012. Sentei numa das primeiras filas e, como não era num cinema muito confortável e meu tipo físico não está muito para "apertamentos", lá fiquei eu espremido e ainda tendo ao colo o tradicional saco de pipocas tamanho G e a latinha de coca. Gosto de filmes de ficção e quando isto se mistura ainda como uma possível realidade já que se fala tanto da destruição de nosso planeta, lá estava eu. Engraçado que me lembrei de quando fui assistir "Terremoto" com minha avó Nina e fomos no cine Roxy no Rio pois havia lá uma sonorização feita especialmente para a projeção do filme e que nos dava a sensação de estarmos vivenciando tudo! Voltando ao 2012, um show de efeitos especiais e de heroismo fantasioso. O mocinho do filme ora dirigia seu carro, ora voava ao lado de um piloto abobalhado, por entre todas as hecatombes e tsunamis possíveis e nem se arranhava. De um autor sem fama se tornou um herói assim, do nada! Mas claro que eu já sabia que isto é comum neste tipo de filme e não fiquei procurando ridicularizar estas peculiaridades, me atendo mais mesmo na ação - e ação o filme tem de sobra. Interessante também observar que mesmo nas ficções, a realidade do domínio das classes privilegiadas (representadas no filme pelos países mais desenvolvidos) também se faz presente de forma cruel.
Restava ainda a cena da destruição da cidade do Rio de Janeiro e a queda da Estátua do Cristo Redentor! Nem sei se a cena durou 5 segundos, uma bobagem como expectativa! No final, fica a certeza que teremos sim a Copa do Mundo e as Olimpíadas na nossa Cidade Maravilhosa e que este é mais um filme onde se assiste dando cotoveladas na mulher que ronca na cadeira ao lado, os namorados mais adiante que debocham de cada cena, o menino que pede licença para "ir mijar" e o sal exagerado da pipoca que nos abre a sede e nos lembra da dieta para hipertensão. Valeu como evento! Para quê a pressa de ir à estreia?  Poderia ter sido melhor!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Recordações I




O Clube de Ideias

Outro dia fui instigado por uma amiga do Orkut (e da vida também, a Lúcia Faver) a me lembrar de qual momento de minha vida havia me marcado de forma efetiva e que me houvesse transformado como pessoa ... não me lembro direito a redação do scrap, mas era mais ou menos isso, ou foi o que entendi. E logo me veio à mente um momento único e que realmente me tornou menos radical, mais tolerante comigo mesmo e com as pessoas que eu convivo (dá para acreditar que já fui pior?): a vivência no "Clube de Ideias"! E a partir dessa recordação fui me dar conta de que já faz uns 20 anos essa experiência!
Lembro-me que do grupo participavam comigo a D. Gilda Tostes, o Luciano Mercante, a Suely Vidal, o José Júnior e a Lúcia Nair. Nos reuníamos semanalmente por cerca de 2 horas para discutir algum tema relevante ou então uma notícia atual. E não tínhamos a menor preocupação ou pudor em expor nossos pontos de vista, nossos conhecimentos (ou não), nossas verdades. E muito menos ainda a preocupação de "fazer a cabeça" uns dos outros, ou mudar opiniões, ou criticar teses completamente diferentes daquilo que pensávamos a respeito do que discutíamos. E ficávamos ouvindo, entendendo e respeitando o que o outro falava, complementando coisas, admirando minúcias que nunca havíamos parado para pensar e, acima de tudo, deliciando com o que o outro tinha a dizer. E passava tão rápido o tempo e aquelas ideias ficavam por uma semana sempre nos fazendo ainda refletir mais e mais sobre o assunto.
A cada semana a reunião era na casa de um dos membros do grupo e já no início começaram os tais lanchinhos que cortamos para não nos desviarmos do nosso objetivo. Passou a ser só mesmo o cafezinho com uns biscoitinhos comuns. E eram papos inesquecíveis, experiências de vida incríveis! Como aprendi com essa gente! Como aquelas consversas eram legais e as pessoas que delas participavam também.
Resolvemos então abrir o grupo para uma "Semana de Debates" que ocorriam anualmente e onde convidávamos conferencistas para expor também suas idéias e levantarem temas que posteriormente eram debatidos. E me lembro de termos trazido a Miracema a Benedita da Silva, o Carlos Eduardo Novaes, a Prof Thereza Leite de Juiz de Fora, a Jô Mezabarba de Tombos (e que, para mim, foi a pessoa que falou da forma mais direta que já vi até hoje sobre AIDS e DST; e isso numa época em que o tema era tabu), e tantos outros psicólogos, médicos e educadores que passaram pelo auditório da EE Prudente de Moraes com seus recados e que encantavam sempre a platéia. Participavam cerca de 200 pessoas desses encontros em que o ingresso era uma contribuição mínima para um lanche que acontecia no intervalo entre as palestras e os debates.
Foi uma época maravilhosa e que recordo com bastante carinho! E esse grupo se reuniu por uns 4 ou 5 anos e acabou se dispersando por caminhos diferentes que fomos tomando... mudanças de Miracema, problemas de saúde e até mesmo o falecimento do Luciano. Mas foi uma boa idéia, com certeza! E até hoje cada um de nós se recorda com carinho desse Clube que formamos por um tempo.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nossa, acabou o ano! rsrs









Nossa, acabou o ano! rsrs

                      Pois é... vai chegando princípio de novembro e já vai dando a sensação de que mais um ano se passou e que o 2010  está ali à nossa frente! Dá uma vontade de dar uma ajeitada melhor na casa, pintar umas paredes, mudar uns móveis de lugar, comprar umas coisas bonitas e arrumar melhor o quintal que é onde acaba acontecendo de fato a reunião daqui de casa nas noites de Natal! E se a gente ainda não gastou o décimo terceiro com antecedência, fica melhor ainda para a programação (esse ano passei o pão que o diabo amassou mas não gastei antecipado! rs), Como é meu aniversário no dia de Natal, sempre faço uma reuniãozinha aqui em casa com alguns familiares e amigos... coisa simples, sem novidades, mas com imenso carinho por receber as pessoas! E rola a tal leitoinha assada, o cabrito à napolitana, chester, tender, castanhas, nozes, algumas saladas e frutas de época! Tudo regado a um vinho não muito caro para não estourar o orçamento!
                       Já houve época em que a festa era mais animada por conta das crianças, Papai Noel e a ansiedade com os presentes e o tal amigo oculto que nunca dá certo! Sempre tem um que dá uma linda camisa e recebe uma meia de presente! E a cara de sem graça é constrangedora! Acho que em todo lugar é assim mesmo, independente de festa familiar ou com os colegas de trabalho! Já passei alguns natais em outros lugares e sempre também participei de ótimas reuniões, mas depois dos 50 resolvi que sempre eu ficarei é  aqui em casa mesmo; mais fácil de me programar com a turma que  está comigo no dia-a-dia. E na verdade a gente vai amadurecendo e vai se acomodando mais.
                      É claro que além das comidas há o imenso prazer dos papos que não se acabam nunca e também a história de programação para o Ano novo! Sempre se imagina, mesmo sem querer, que o próximo ano será diferente: encarar a dieta a sério para eliminar a pança, caminhar pelo menos uma hora por dia, ler mais um pouco, fazer algumas viagens, uma nova peça de teatro, um ânimo novo para o trabalho... e esperanças, esperanças e esperanças renovadas. Sempre que minha mãe está presente, também há um minuto para se rezar um Pai-nosso e cantar alguma cantiga natalina, geralmente a Noite Feliz mesmo, que todo mundo já sabe de cor!
                       E vamos assim nos embalando no espírito da festa, animada mas com um ar mais comedido até que se vislumbra o final do garrafão de vinho! Aí é papo de todo jeito e danças e cantorias e declarações de amor e amizade! Vai ficando aquela turma de sempre e  uns acabam dormindo  aqui pelos sofás ou camas já preparadas; confesso que fico louco para chegar o dia seguinte só para comer aquela torta de nozes que ficou no canto da mesa, doida para ser devorada! E lá se vai a dieta, as caminhadas são adiadas, os livros nem todos são lidos , a peça só sai mesmo na hora que a turma aperta e o trabalho cada dia mais com cara de aposentadoria! Que bom que só a esperança não se cansa de ficar presente, por todos os dias do ano, até o próximo Natal!