domingo, 8 de agosto de 2010

     
                                       Feliz Dia dos Pais!

                                Difícil falar feliz num dia desses sem pai, quando então brota de novo essa saudade que nos acompanha sempre mas que se aflora mais ainda nesses momentos onde se está aberto à comemorações, exaltações, beijos e abraços desses que nem se dá tanto em outros dias quaisquer.
                               Difícil falar feliz também num dia desses sem filhos, ou melhor, longe de dois dos meus três filhos, que estão bem longe por conta de compromissos profissionais e busca da realização de seus sonhos e que também são meus, de vê-los nessa busca e nesse achado dos jovens que vão tecendo as teias que construirão seu mundo, sua possível felicidade.
                               Levantei cedo, antes de ir para o plantão passei para beijar minha mãe e também lhe dar a notícia do falecimento de Dona Gracinha, amiga nossa, mais ainda dela, e que acaba servindo de um corte para a nossa dor, já que a de seus filhos e amigos é tão recente e doída que seria egoismo demais pensarmos nas nossas. E num gole de café fraquinho feito por minha irmã que errou a mão no doce e o fez absolutamente intragável sem umas duas ou três colherinhas mais  de açúcar e como um pãozinho com manteiga, aliás dois, com a desculpa de ser um pão pequenino e por isso dois equivaleriam a um, a  minha cota matinal. Falo uma coisa engraçada qualquer, algo sobre um "talvez" que claro não vou explicitar aqui, mas se elas por acaso lerem o que agora escrevo, certamente darão mais ao menos um sorriso se lembrando do que foi dito. 
                              Já no Pronto Socorro recebo alguns cumprimentos pelo meu dia e também pelo bom dia que se deseja a todos pela manhã, mesmo sabendo que não é um Pronto Socorro um sentimento corriqueiro, talvez melhor já ir logo dizendo "que Deus te proteja" ou coisa mais confortável mesmo... mas o clima é bom entre os funcionários e os usuários, graças a Deus as coisas estão tranquilas!
                             Retornando a minha casa, começo então meu almoço, sozinho de filhos, com pena de acordar a Luiza, minha caçula, que chegou da noitada de seu último dia de férias e achei que pela hora da chegada deveria dormir mais um pouco. Mas acho que um barulho qualquer de talher a acordou e logo ela veio para um delicioso abraço e beijo destes com cheiro de pijama, com cabelo ainda despenteado, e um gostoso "eu te amo, pai" assim colado no meu ouvido. Deu uma resmungada por eu não a ter acordado mas entendeu minha intenção, coisa de pai carinhoso, e viu que estava a tempo ainda de iniciarmos juntos o nosso almoço. Claudia fez minha lasanha preferida, comprei o manjado e delicioso frango assado na Kiskina e, com nossa amiga Hilza também conosco à mesa, começamos a comemorar de fato aquele Dia dos Pais. Até mesmo o Ravi parecia mais acolhedor aos meus pés, beliscando os pedacinhos de carne propositalmente deixados cair no chão.
                            Só pode mesmo ser feliz um pai que se lembra do seu de forma saudosa mas imensamente carinhosa, que tá feliz por seus filhos ausentes e realizados profissionalmente e que falam de forma gostosa de felicidade na vida, que tem na presença da Luiza a certeza de uma paternidade intimista e comprometida com a formação dos filhos no sentido de se fazer educador com exemplos, com palavras e gestos que poderão fazer a diferença. Na sala, espero a hora de falar com a Fernanda e do Saulo, um em Vitória e outro em Londres, e vou assim pensando em todos os bens, todas as delícias de um pai tão preenchido de uma felicidade construída de saudades, de palavras que mesmo com tantos quilômetros de chão ou de mar, de abraços da filha presente e que parece notar que preciso sim, muito do carinho dela... a saudade do meu pai fica então na certeza de que se sinto saudades, é só das coisas boas que vivemos. Feliz Dia dos Pais, para você e para mim, meu pai! Beijo prá você aí! Que Deus nos proteja!







quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Vem aí nova peça!

"A Arca de Noelza!"


                                         Pronto! Finalmente começamos a ensaiar nossa nova peça: "A Arca de Noelza!", comédia que escrevi e que prevemos apresentar final de novembro ou princípio de dezembro! No elenco, Zezé Nogueira, Graça Salim, Conceição Oliveira, Neide Gutterres, Marly Lopes e Maria Amália Pinheiro. Dona Ana Torres fará uma participação especial. Dirijo a peça e conto com a colaboração de Glória Vargas, que também vai atuar na confecção do cenário. Elenilton de Almeida na sonoplastia, Rodolfo iluminação e Leny Tostes nos efeitos especiais. Figurino confeccionado por Maria do Carmo Castro e maquiagem Bruna Ladeira. Essa é a proposta, vamos ver como isso vai rolar! Por enquanto estamos mesmo é dando boas gargalhadas! Claro que no decorrer dos ensaios poderão haver modificações, mas acho que tá bom demais para ser mexido! Contamos novamente com o carinho da platéia para nos prestigiar!


domingo, 1 de agosto de 2010

   Saudade agora mudou de nome! rsrs             

                                      Sabe aquele dia que você acorda assim com absoluta certeza de que não acontecerá nada de novo por pura falta de perspectiva de novidades mesmo? Pois é, ontem isso aconteceu comigo: e fiquei enrolando para sair da cama, e tomei o café de forma preguiçosa e só mesmo quando o primeiro chamado para atendimento de uma emergência no Pronto Socorro aconteceu, é que fui dar conta de que o dia começava e eu tinha que ir à luta. E já na saída de casa recebo um recado que deveria pegar o Ravi no veterinário lá pelas 10 horas, ele que fora tosar o pelo, banho, carrapaticida, essas coisas do mundo animal doméstico. E ele ficou tão bonito e cheiroso que resolvi levá-lo para mostrar à minha mãe numa dessas desculpas que a gente arruma para roubar um carinho e uma coisa qualquer gostosa que sempre tem para beliscar em casa de mãe! 
                                              E foi aí que aconteceu o barato que me valeu o dia: encontrar uma prima num abraço gostoso, destes mesmo que nunca havíamos nos dado e que só mesmo esse mundo aqui virtual nos possibilitou. Nossa, tá ficando assim um texto confuso, parecendo que estou "cheio de dedos" para falar disso! É que sempre que escrevo qualquer coisa aqui tenho a sensação que ela lê e fica imaginando coisas de Miracema, saudades de pessoas familiares, causos de interior, sei lá mais o que lhe passa pela cabeça, mas já me disseram que ela gosta e que lê sempre. Então é assim mesmo, a gente fica meio aflito quando não vem assunto para escrever ou outras preocupações que ocupam nosso tempo nos tirando inspiração ou mesmo vontade de às vezes passas por aqui. Mas claro que não penso só nela quando isso acontece, penso em outros leitores também que acompanham o blog, mas confesso que o carinho por tê-la me acompanhando me deixa bastante feliz! É uma admiração que já vem lá da infância, dessas pessoas que irradiam uma luz e nos contaminam com sua delicadeza, atenção e vontade mesmo de ficar olhando e ouvindo por um longo tempo. E como o abraço virtual é tão bobo e sem graça se comparado ao contato, ao cheiro, esse passar as mãos nas costas assim gostoso como se quisesse mesmo dizer "que bom que você está aqui"! Às vezes sinto que o tal abraços ou beijos   mandado num final de papo aqui na net é como aqueles atenciosamente dos finais daqueles ofícios de repartição pública, mera formalidade; ah, mas esse abraço real, a gente sem graça querendo prolongar mais, querendo matar saudades mesmo, esse não tem virtualidade que compare.
                                              E acho que a alegria  também pelo encontro que já me era tão esperado, me deixou assim meio com cara de bobo, essas caras sem-graça que nossa timidez de inteior nos carimba quando pegos de supresa. Conversamos pouco, muito pouco pelo tanto que eu achava que conversaria... mas foi bom demais, tomara que aconteçam outros. E já que ela não comenta o que lê aqui, ou pelo menos não manda um comentário qualquer (e claro que não cobro isso, só espero!rsrsrs), vou curtindo essa nova saudade agora: fico imaginando as janelas vermelhas da casa do Sr João e curtindo a saudade que agora mudou de nome: Balas da Kopenhagem! E agora, quando for a Juiz de Fora, já terei um bom motivo para procurar a chocolateria e comprar um sabor de saudades, dessas que tornarão ainda mais doce meu sangue de diabético levado!rsrsrsrs