quinta-feira, 24 de junho de 2010

Repostagem: poema Gambiarras



GAMBIARRAS

Aos poucos  exponho-me novamente...
Desconstruo os muros, tijolo a tijolo
(cada um, cada dor!)
E num espreguiçar solene
Atrevo-me a novos abraços, beijos tórridos
Por jovens bocas mentoladas
Num tempo que já nem sei.
Mastigo as carnes da minha ceia
E sorvo o néctar de alguns brincares.
Rasgo a Lua em pedaços
Repaginando a noite pro seu olhar morno.
Rezo as rezas das minhas tias
Sou crucifixo por procissões
Grito forte, gargalhada
Querendo rir do que fui.
Suei as dores do meu castelo
Soprei o pó do velho piano
Quebrei todo o espelho (e também os pratos)
Da minha sala de jantar
No quintal, mil gambiarras
Pra iluminar meus bailes
Acaricio as plantas (ah, cheiro de flores!),
Sereno frio, teias de aranha,
Rodas-gigantes do parque/tempo
Cana e melaço do meu sabor
Nem sei se há medo, sei que saí!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Poema



RECANTOS

Palmas de mãos calejadas
Que plantam desertos
Nas ruas da Lua.
Rios de doces desejos
De prantos de fogo
De sonhos sonhados - queimados.

Homens de doces desertos
Que plantam desejos
Nas ruas de fogo
Nos prantos da Lua
Com as mãos queimadas
- Sonhos calejados.

Tragam-me dos mares, o sal
Dos campos, os frutos
Que amadurecem nossa esperança
De cantos e contos
De doces encantos
De verdes recantos - encontros.


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ufa, voltei!                                   

          Morto de frio, de sono, de amor, de medo, de fome, de sede, de cansaço, de saudades, de tanto rir, de tesão, de dor ( e aí, nos rins, nos quartos, na pá, no joelho, na boca do estômago, na batata da perna, no pé, nas costas, de dente, de garganta, de ouvido, de barriga, de cabeça,  de cotovelo...); pois é, tem dia que a gente se sente morto de qualquer coisa... e muitas vezes, várias vezes morto de várias coisas diferentes... e quase sempre esse morto é exatamente vivo: vivo de frio, de sono, de amor, de medo, de fome, de sede, de cansaço, de saudades, de tanto rir, de tesão, de dor (e aí,  nos rins, nos quartos, na pá, no joelho, na boca do estômago, na batata da perna, no pé, nas costas, de dente, de garganta, de ouvido, de barriga,de cabeça, de cotovelo...). E nesta brincadeira de morto-vivo, morto-morto-vivo-morto-vivo-vivo, errou! saiu da brincadeira! Só não sai a Maninha que é café com leite!, a gente vai   nas artimanhas da vida, traçando nossos caminhos num finge que deixa a vida me levar,  mas na verdade pegando as coisas aqui e acolá para construir um universo pessoal procurando obedecer a teoria da relatividade e a relatividade de nossas teorias de vida! E já que somos sempre Fênix e cinzas como parte desta mutação, somos também argila e sopro nesse diferencial! E já que somos, vamos que vamos! Falar nisso, estou doido para começar esta Copa para torcer logo para O Brasil Hexacampeão... mas se eu for falar aqui em doido, aí já é outro papo! É isso aí, estou de volta ao blog!