GAMBIARRAS
Aos poucos exponho-me novamente...
Desconstruo os muros, tijolo a tijolo
(cada um, cada dor!)
E num espreguiçar solene
Atrevo-me a novos abraços, beijos tórridos
Por jovens bocas mentoladas
Num tempo que já nem sei.
Mastigo as carnes da minha ceia
E sorvo o néctar de alguns brincares.
Rasgo a Lua em pedaços
Repaginando a noite pro seu olhar morno.
Rezo as rezas das minhas tias
Sou crucifixo por procissões
Grito forte, gargalhada
Querendo rir do que fui.
Suei as dores do meu castelo
Soprei o pó do velho piano
Quebrei todo o espelho (e também os pratos)
Da minha sala de jantar
No quintal, mil gambiarras
Pra iluminar meus bailes
Acaricio as plantas (ah, cheiro de flores!),
Sereno frio, teias de aranha,
Rodas-gigantes do parque/tempo
Cana e melaço do meu sabor
Nem sei se há medo, sei que saí!
Um comentário:
Escreve Marcelino.Estamos com saudades!!!!!
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