sábado, 31 de outubro de 2009

Poema: Dia de Finados



















DIA DE FINADOS


E todos os homens, mulheres e crianças
Enchem seus braços de flores.
São palmas brancas,
Rosas rosas,
Margaridas amarelas,
Ciprestes, samambaias,
Sempre vivas. E velas.


E lentamente caminham para a cidade alta,
A cidade morta;
E aos poucos ela se enche de flores,
De cheiros, de gente,
De crenças, de choro,
De sensação de vida,
Da sensação de viva.


E a cidade alta,
Cidade morta,
Está feliz-cidade viva,
Felicidade morta.

                                                             marcelino tostes padilha neto 

 

3 comentários:

Fátima Cerqueira disse...

Há pessoas que morrem todos os dias, pela ignorância e fraqueza. Serão finados pouco lembrados. Quando li seu poema vi fileiras com ramalhetes nas mãos, sobem exaustas para cumprirem a determinação de lembrar seus mortos. Bom Marcelinoooooo(rsrsrs)!!! É um caminho marcado de dor.

Fátima Cerqueira disse...

Obáa a foto agora tá arrumada!

Plínio Augusto disse...

interessante, mandou bem tio!