terça-feira, 23 de setembro de 2008
Os Sinos
(à tia Nelly)
marcelino tostes padilha neto
Mesmo que ocorra toda a
calma da cidade
Todos os dias,
Nos mesmos dias,
Nas mesmas horas,
Nos mesmos tons,
Nos mesmos sons,
Tocam insistentemente os sinos.
Badalam em nossos ouvidos
calmos pela cidade
Clamando por nossos dias,
Imensos dias,
Intermináveis horas,
Imutáveis tons,
Despercebíveis sons,
Dos sempre imperturbáveis sinos.
Martelam em nossas consciências
calmas pela cidade
Cobrando por mais um dia,
Pecaminoso dia,
Glorificadas horas,
De desgraçados tons,
Harmoniosos sons,
Dos cúmplices e vigilantes sinos.
E porque tocam calmamente estes
sinos da cidade,
Incessantemente com seus hinos,
Irritantemente com suas rezas,
De monótonos dias, horas,
Tons e sons,
Vou me adaptando à calma da cidade,
dos ouvidos,
das consciências.
domingo, 21 de setembro de 2008
Teatro Amador na Terceira Idade - Grupo Reviver- Miracema-RJ

terça-feira, 16 de setembro de 2008
Estrela
Da noite,
Colho do céu
A estrela que tem me guiado os dias.
E aguardo tão ansioso o seu brilho
Que meus olhos cansados
Deslumbram-se com a sua chegada.
Na cama, experimento os sonhos
Que matam a saudade que me consome.
Meus lábios sorvem avidamente
A pele macia que se inquieta
Lá do outro lado da noite.
A Lua divide-se em quartos
Para saciar seus amantes.
As juras de amor
Confundem-se, às vezes,
Com o galo que canta
Convidando a estrela para voltar ao céu.
Timidamente um orgasmo inunda
Um corpo cansado pelo desatino.
E a estrela se vai:
Promete novamente o brilho
Para a noite seguinte.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
GAMBIARRAS
domingo, 7 de setembro de 2008
Piadinhas de mineirim
Em Minas é assim...vale a pena ler!
NUDEZ MINEIRA:
Dois cumpadres de Varginha tavam bem sossegadim fumando seus respectivoscigarrim de paia e proseano......Conversa vai, conversa vem, eis que a certa altura um deles pergunta prooutro:- Cumpadre, u quê quiocê acha desse negoço de nudez?- No que o outro respondeu:- Acho bão, sô!O outro ficou assim, pensativo, meditativo...e perguntou de novo:- Ocê acha bão purcaus diquê, cumpadre?E o outro:- Uai! É mió nudês do que nunosso, né mesmo?
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SUTILEZA MINEIRA:
O cumpadi, há muito tempo de olho na cumadi, aproveitô a ausência do cumpadi e resolveu fazer uma visitinha para ver se ela não carecia de arguma coisa...Chegando lá, os dois meio sem jeito, não estavam acostumados a ficar asós....falaram sobre o tempo....- Será qui chove?- Pois é.....Ficô um grande silêncio.....Aí, o cumpadi se enche de corage e resorve quebrá o gelo:- Cumadi....qui qui ocê acha: trepemo ou tomemo um café?- Ah, cumpadi...cê mi pegô sem pó.....________________________________________________________________
DIPROMA:
O velho fazendeiro lá de Varginha, no sur de Minas, está na sala, proseando com um amigo, quando um menino passa correndo por ali.Ele chama:- Diproma, vai falar para sua avó trazer um cafèzinho aqui pra visita!E o amigo estranha:- Mas que nome engraçado tem esse menino!! É seu parente?- É meu neto! Eu chamo ele assim porque mandei a minha filha estudarem Belzonte e ela voltou com ele!