quinta-feira, 11 de setembro de 2008

GAMBIARRAS



GAMBIARRAS

Aos poucos  exponho-me novamente...
Desconstruo os muros, tijolo a tijolo
(cada um, cada dor!)
E num espreguiçar solene
Atrevo-me a novos abraços, beijos tórridos
Por jovens bocas mentoladas
Num tempo que já nem sei.
Mastigo as carnes da minha ceia
E sorvo o néctar de alguns brincares.
Rasgo a Lua em pedaços
Repaginando a noite pro seu olhar morno.
Rezo as rezas das velhas tias
Sou crucifixo por procissões
Grito forte, gargalhada
Querendo rir do que fui.
Suei as dores do meu castelo
Soprei o pó do velho piano
Quebrei todo o espelho (e também os pratos)
Da minha sala de jantar
No quintal, mil gambiarras
Pra iluminar meus bailes
Acaricio as plantas (ah, cheiro de flores!),
Sereno frio, teias de aranha,
Rodas-gigantes do parque/tempo
Cana e melaço do meu sabor
Nem sei se há medo, sei que saí!

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostei de vê-lo aqui...
Se juntar vc e a Glória então... Vixe Maria!
Tem muita coisa p apresentar de bom nesse blog...
Manda brasa!
Um grande abraço!

Cris disse...

Querido Amigo,
Ao ler Gambiarras aumenta a saudade que sinto de vc...mas fico feliz de saber que estas bem e fazendo muito sucesso com a peça...que seu sucesso cresça cada dia mais e mais e breve o Ceará possa desfrutar deste seu trabalho maravilhoso...
Bjus te quem nunca deixou de te amar..
Cristina

Professora Cris M disse...

Resolvi fazer um comentário do comentário da Cristina. Me emocionou o final da frase que ela diz: " Beijos de quem nunca deixou de te amar." Viver nos traz muitas emoções, como estas aqui. Saber que mesmo distantes, os sentimentos permanecem. Sei o quanto todos são privilegiados por sua amizade e pelo carinho que desperta.
Admiro sua inteligência, seu carisma e seu coração.
Saudades e beijos de quem também nunca deixou de te amar.
Cristiane.